Poucos diretores são tão queridos e admirados quanto Stanley Kubrick. Nascido em 1928 em Nova York, o diretor desde a tenra idade mostrava interesse por cinema e fotografia. Trabalhou durante sua juventude como fotógrafo, mas foi no cinema onde de fato se destacou, especialmente com o longa Glória Feita de Sangue, que marcou sua ascensão.
A direção de Kubrick é extremamente autoral, assim como os conceitos com que adora trabalhar em seus filmes. Temas como a violência excessiva ou normalizada, a condição humana perante a sociedade, a natureza e tecnologia e até mesmo questões existencialistas fazem parte do seu repertório. Tudo isso sendo entregue com uma fotografia de tirar o fôlego e sempre com takes visualmente estonteantes.
As principais obras de Stanley Kubrick
Kubrick marcou para sempre a história do cinema, e não é fácil selecionar as principais obras do diretor. Porém, a Citou Filmes separou os filmes mais interessantes do seu repertório, os melhores, que mostram toda a potência do seu estilo e o ápice de suas capacidades artísticas. Confira a nossa lista:
2001: Uma Odisseia no Espaço (1968)
2001: Uma Odisseia no Espaço é um filme sem igual. Visualmente é, talvez, o filme mais primoroso de Stanley Kubrick. Aqui vemos uma humanidade tecnologicamente avançada, há muitos anos no futuro, que investiga um estranho monólito. Em meio aos mistérios carregados pelo monólito e com a ameaça crescente da Inteligência Artificial HAL 9000, o filme culmina em um dos finais mais enigmáticos do cinema.
Laranja Mecânica (1971)
Baseado em um romance de mesmo nome, Laranja Mecânica acompanha a vida de Alex, um jovem violento e aficionado por música clássica. Em um futuro distópico, esse jovem é encaminhado para um sistema de reabilitação que visa consertar a sua índole. Não é um filme para todos, pois a violência retratada é de fato nua e crua. No entanto, para aqueles capazes de suportar, o filme oferece uma experiência sem igual.
O Iluminado (1980)
O Iluminado é mais uma adaptação de romance, desta vez do livro de mesmo nome do mestre do horror: Stephen King. Aqui vemos Jack Torrance, um professor de inglês em reabilitação do seu vício em álcool que finalmente encontrou um novo emprego: cuidar da caldeira do hotel Overlook durante o inverno. No entanto, um mal espreita os corredores do hotel, um mal que talvez fará de tudo para perder Jack e sua família.
Dr. Fantástico (1964)
Em Dr. Fantástico, acompanhamos mais do humor sombrio de Kubrick. O filme se passa na Guerra Fria, onde acidentes e acontecimentos fortuitos levaram o mundo muito perto de uma hecatombe nuclear. No longa, acompanhamos políticos e militares lutando para impedir uma catástrofe mundial.
Nascido para Matar (1987)
Nascido Para Matar é um dos filmes mais aclamados do diretor. Aqui acompanhamos um grupo de novos recrutas que tem sua primeira experiência militar. No quartel, passam pelos intensos treinamentos do sargento Hartman, que molda os homens a ferro e a fogo para lutarem na Guerra do Vietnã.
De Olhos Bem Fechados (1999)
Baseado no livro Traumnovelle, De Olhos Bem Fechados retrata a vida do Dr. Bill Harford (Tom Cruise) e sua esposa Alice (Nicole Kidman). Um dia, Alice confessa ao Dr. Bill fantasias sexuais que, antes, o homem mal podia imaginar. Agora, em posse deste conhecimento, o casal é levado em uma jornada erótica misteriosa e quase hipnotizante.
A visão e estilo cinematográfico de Stanley Kubrick
Stanley Kubrick tem diversos elementos muito originais e individuais que podemos apontar em seu trabalho. Entre algumas das maiores curiosidades está o seu trato com os atores: a maioria do elenco odiava Kubrick devido aos excessos, sendo muito exigente e, por vezes, até mesmo sendo retratado como abusivo.
Já entre os seus feitos técnicos, não há nada a ser dito além de numerosos elogios. Kubrick sempre foi inovador, e aplicou em 2001 técnicas visuais quase impensáveis para a época, como um realismo científico, efeitos com computação gráfica e a magistral cena dos primatas com o monólito.
Em termos de iluminação e enquadramento, Stanley Kubrick sempre foi um alquimista, pois suas cenas traziam com frequência um impacto visual condizente com o estado psicológico dos personagens. Unido isto aos temas recorrentes do diretor, como a violência e a condição humana, temos aqui um dos melhores diretores de todos os tempos!
