Ilustradora de São Paulo é premiada com o “Oscar dos quadrinhos” como Melhor Desenhista por Helen de Wyndhorn, durante a SDCC
A ilustradora brasileira Bilquis Evely entrou definitivamente para a história, ao vencer o prêmio Eisner Awards 2025 na categoria Melhor Desenhista/Arte‑finalista, pela HQ Helen de Wyndhorn. O anúncio foi feito durante a 32ª edição do evento, realizada na San Diego Comic‑Con, considerada a principal premiação da indústria dos quadrinhos mundial.
A obra premiada, com roteiro de Tom King e arte de Evely, foi lançada nos Estados Unidos pela editora Dark Horse Comics e está sendo lançada no Brasil pela editora Suma. A HQ também recebeu indicação em categorias como Melhor Minissérie e Melhor Colorista (Matheus Lopes), reafirmando seu impacto internacional.

O significado do prêmio para a arte brasileira
Nascida em Barueri (SP), em 1990, Bilquis descobriu sua vocação ainda na adolescência e, aos 14 anos, já acumulava prêmios em competições nacionais. Em 2009, começou a trabalhar em Luluzinha Teen e Sua Turma, e em 2015 foi convidada pela DC Comics para desenhar títulos como Mulher-Maravilha e a icônica Supergirl: A Mulher do Amanhã.
A vitória de Bilquis não é um caso isolado: ela soma seu nome à uma geração de artistas brasileiros que se destacam globalmente nos Eisner, como Rafael Grampá, Fábio Moon, Marcelo D’Salete, Adriana Melo, Eduardo Risso e outros que já integraram diversos títulos premiados no passado.
Mais do que um reconhecimento pessoal, o prêmio sublinha a presença crescente dos quadrinistas nacionais na cena internacional e reforça a relevância de Helen de Wyndhorn como uma HQ autoral e visualmente marcante, capaz de dialogar com públicos globais.
